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[PÉ NA CARREIRA] 30 jul./2017

A oitava edição da mais cearense das corridas de rua de Fortaleza está menos cearense, talvez pela massificação, talvez pelo passar do tempo, talvez pelo local, não sei ao certo. Eu corri cinco das oito edições da corrida, e percebi que o caráter irreverente e as fantasias continuam fazendo a festa, mas não tem mais aquele caráter local, cearense. Talvez seja esse o destino natural das corridas que crescem.
Ao compararmos a segunda edição, a primeira que corri, e a de hoje, nota-se como a corrida cresceu, em 2010 não havia mais do que meia dúzia de assessorias, hoje eu acho que passam de trinta. Em 2010 os corredores se reuniram frente a um palco na largada e personagens tipicamente cearenses animavam a pré-largada, com toda a irreverência e humor típico de nossa terra, houve premiação da melhor fantasia, e mais. Hoje, com a presença massiva das assessorias, cada grupo fica com seus pares e não percebemos aquela confraternização de antes.
Mas para falarmos da corrida em si, a grande novidade foi a distância em léguas, e o percurso, pelo menos o de uma légua (6.660 m) estava bem preciso. O balizamento foi precário, talvez em parte pelos educados motoristas, pedestres e ciclistas de nossa cidade, mas tivemos de tudo, carro, ônibus, bicicleta, pedestre, trenzinho, no percurso, isso foi um caos. Logo após a largada, com a grande concentração de corredores e apenas uma faixa, tanto na Abolição, como na Beira Mar, ficou difícil correr.
Ouro ponto: com poucos staffs ao longo do percurso e sem tapete de cronometragem no retorno, ficou fácil atalhar o percurso e ganhar vantagem indevida, pois havia muita confusão com carros e ônibus de turismo, não presenciei, mas pode ter acontecido.
O percurso foi bom, mas como a largada não foi setorizada, com 300 metros de corrida, tivemos que passar por pais e mães com crianças caminhando calmamente, largaram a frente dos corredores, lamentável. Já está na hora de nossos organizadores aprenderem a setorizar a largada.
A entrega de medalhas foi bem melhor do que no ano passado, foi o que ouvi. E foi bem rápido mesmo, não havia grandes filas, mesmo para os mais lentos.
Por fim, o que tivemos foi uma boa corrida, com problemas no percurso, e o desejo de que a corrida resgate seus espirito original e voltemos a corrê-la no centro ou na Praia de Iracema, com largada ali no Pavilhão Atlântico.
Por José Márcio, Bancário
Foto - José Márcio
PERFIL AMIG@ CORREFOR
  • Ano que começou a correr – 2010
  • Prática a corrida com supervisão técnica – Sim, desde novembro de 2015. Antes treinava por conta própria
  • Pisada – Levemente supinada
  • Marca de tênis favorita – Mizuno, e em segundo lugar, Nike
  • Quilometragem média semanal – 25 km
  • Distância favorita – 5 km
  • Percurso máximo percorrido – 24 km no Desafio das Capitais CORREFOR em 2011
  • Prova dos sonhos – Paris-Versailles (16 km)
  • Utiliza GPS ou aplicativo? Se sim, qual? Garmin Fenix 3
  • Prática outra atividade física? Caso sim, qual? Bicicleta eventualmente e musculação com regularidade

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